quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Detalhes sobre a transição free to play de Fallen Earth


Fallen Earth é um MMO de ação que se passa num mundo pós apocalíptico, com guerras entre facções e táticas entre equipes. Até algum tempo atrás ele era pago, mas esse mês ele ficou free to play. Mas essa é só uma das mudanças pelas quais o Fallen Earth passará. A desenvolvedora Reloaded Productions está ansiosa para transformar o jogo em um sandbox, e intensificar as guerras entre facções.

A designer chefe da Reloaded Productions, Marie Croall, e o diretor Joseph Willmon, da GamersFirst (responsável pela versão f2p), responderam algumas questões à PCGamer sobre o que está mudando no Fallen Earth. Segue abaixo a tradução da entrevista:

PCGamer: então a mudança para free to play é uma questão de sobrevivência, ou uma questão de crescimento para um pequeno MMO nos dias de hoje?

Joseph Willmon: Eu acho que essas são duas formas para dizer a mesma coisa. A ideia não é sobreviver, é crescer e prosperar! f2p permite isso de uma maneira que o modelo tradicional não permite, especialmente dado o fato de que o mercado de MMO hoje, onde há um monte de jogos implorando pela atenção das pessoas.

Marie Croall: O crescimento da base de jogadores é realmente o maior objetivo que nós estamos tentando atingir com a transição para f2p. Fallen earth é totalmente voltado para o jogador, desde a economia até o sistema de crafting, e sem os jogadores tudo se desmancha. Adicione o fato de que Fallen Earth é tão grande e vasto, que uma base de jogadores persistente se torna proeminente de sucesso. Removendo a barreira da cópia de varejo e a assinatura, deve trazer um grupo de jogadores totalmente novo para o jogo.

PCG: Comunidades de MMO podem ser realmente resistentes a mudanças, particularmente a uma inclusão repentina de jogadores f2p. Como seus veteranos reagiram a isso?

Joseph Willmon: Estaríamos mentindo se não disséssemos que havia uma boa quantidade de ansiedade entre o pronunciamento do modo f2p e a divulgação de detalhes no novo modelo de pagamento, mas isso é compreensível; até mesmo uma coisa tão pequena quanto uma mudança na UI (user interface) pode dsencadear uma reação, e passar para f2p é uma grande mudança. Desde que revelamos os detalhes contudo, a reação foi bem parecida com "Oh, bem, tá legal então" e todo mundo simplesmente voltou a falar do jogo apenas.

Mesmo assim, existem alguns veteranos do Fallen Earth predizendo que o céu está caindo, mas eu acho que estaríamos mais preocupados se não tivéssemos esses casos. Estamos esperando uma boa inclusão nos primeiros 30 dias, e depois depende de nós mantê-los lá.

PCG: Para os veteranos que jogam muito Fallen Earth, que tipo de opções de pagamento estão disponíveis para eles? Quais são os insentivos para continuar pagando uma assinatura?

Presentinho pros veteranos
Joseph Willmon: Tipo, um monte. Uma mudança no modelo de negócios é uma grande transação, e nós queremos ter certeza que os veteranos soubessem que estamos cuidando deles durante a transição. Em primeiro lugar, qualquer jogador que tem um tempo de assinatura sobrando na sua conta quando o jogo virar f2p irá automaticamente convertido para a Commander Premium Subscription (o ranking mais alto) pelo restante do seu tempo de assinatura paga, e eles vão ganhar um desconto permanente de mais de 30% naquela assinatura se eles decidirem continuar depois daquela data.

Desde julho nós estamos dando presentes mensais aos assinantes também (items de aparência únicos e pets),  o qual é um sistema que nós continuaremos depois da transição para f2p. Além disso, estaremos destravando  alguns dos slots de aparência grátis para todo mundo que se manteve inscrito desde julho até a transição para f2p.

Marie Croall: A coisa mais legal que estamos dando deve ser o novo item de montaria Spiked Chopper! É grátis para todo mundo que comprou o jogo, seja em cópia digital, varejo, ou uma conta trial convertida em assinatura. Se é o seu caso, dá um login e confira!

PCG: Eu estava interessado em ler sobre os bonus de commander para os membros premium. Vocês veem o papel dos membros premium como líderes, na comunidade e no jogo?

Joseph Willmon: Sim, certamente, embora especialmente nos casos daqueles que decidirem se tornar um Commander. Estamos reconhecendo o fato que em todo jogo, de MMO para RTS para FPS, existem pessoas que vão além para beneficiar outros a sua volta; eles rodam servidores, hospedam sites de comunidades, e alugam servers para praticar. Estes jogadores estão ansiosos para suportar o jogo que eles amam, e suas contribuições não apenas ajudam a continuar o desenvolvimento do jogo mas aumentam a motivação daqueles a sua volta. Então queremos dar a eles uma ferramenta para fazer isso dentro do jogo.

PCG: Que tipo de conteúdo ficará preso a micro-transações? Vocês estão dizendo que não há limites de conteúdo para os jogadores f2p. O que vocês querem dizer com isso?

Joseph Willmon: Alguns jogos que estão se convertendo para free to play estão incluindo esse precedente, onde eles cobram por classes, zonas, e conteúdo de raids. Não estamos fazendo isso. Não faz o menor sentido em dividir todo mundo, deixando o que "tem" aqui e mantendo o que "não tem" enclausurados em alguma outra zona. Queremos que todo mundo se misture; queremos jogadores f2p se unindo a grupos e clãs e participando na economia, e queremos que eles sejam capazes de ver se pagar por alguma coisa realmente irá beneficiá-los, apenas mantendo-os junto de quem paga.

As micro-transações cairão em várias categorias como serviços - tais como mudança de nome, reset de facções, personagens - itens que mudam a aparência, montarias, slots de aparência, e versões a la carte dos benefícios que as assinaturas fornecem. Adicionalmente, todas as contas (grátis ou não) irão resultar em pontos mensais, em quantidades variáveis, que podem ser usadas para comprar essas coisas sem ter que pagar com dinheiro de verdade.

Marie Croall: Uma coisa que você não verá será recursos de itens feitos por jogadores a venda. É uma saída fácil, vender coisas que as pessoas obviamente querem, mas isso iria diminuir o real valor em ganhar coisas usando os sistemas internos do jogo que nós trabalhamos tão duro para desenvolver. Preferimos fazer o jogo bem feito e encontrar formas de compensar os jogadores que optaram por suportar nossos esforços do que vender a alma do jogo.


PCG: Que tipos de missões irão aparecer como eventos? Serão apenas missões paralelas menores?

Marie Croall: Nós temos um monte de missões diferentes em todas as áreas para todos os levels, e elas foram projetadas para deixar que o jogador tenha um efeito no mundo de Fallen Earth. Elas também podem ser usadas como um incentivo para upar uma determinada skill. Por exemplo, você pode cruzar uma dos diversos assentamentos dentro do jogo e descobrir que eles precisam curativos de alta qualidade que o seu personagem não pode fazer ainda. Como resultado da quest, você não ganhará apenas experiência e recompensas, mas você terá uma skill muito útil para continuar na sua jornada. Outras missões podem te fazer atacar um posto para afiar suas skills de infiltração, ou defender uma cidade para revisar várias batalhas entre várias criaturas, que possuem uma conexão direta com a parte de pvp. Estamos focando em entregar recompensas satisfatórias além de drops normais.

PCG: Finalmente, como vocês veem o desenvolvimento e a expansão do jogo nos próximos meses?

Marie Croall: O próximo grande passo depois do f2p será o Faction Territory Control, onde as facções podem batalhar para controlar pedaços de terra que fornecem benefícios únicos e significantes, acessíveis apenas para as facções que os controlam. Isso irá iniciar em um novo pedaço de terra que ninguém viu antes, mas a guerra pode aumentar bem rápido...
Ao que parece, Fallen Earth seguirá um sistema free to play bem amigável, ao estilo de Global Agenda, sem capar o jogador que não gasta dinheiro de verdade, o proibindo de fazer as coisas mais legais do jogo. Fallen Earth ficou f2p em 12 de outubro.

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