CARMAGEDDON: REINCARNATION

O melhor jogo com carros estará de volta no ano que vem.

GUIA PARA COMPREENDER A HISTÓRIA DE DIABLO 3

O que aconteceu até agora.

SE A VALVE NÃO QUIS LANÇAR SEU JOGO NO STEAM...

...Você deve se perguntar por quê.

PREVIEW DE CALL OF DUTY: BLACK OPS 2

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CRYSIS 3: QUAL SERÁ SEU FOCO

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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Review de Amnesia: The Dark Descent

É um castelo grande e bem decorado, provavelmente o último morador tinha bom gosto, mas algo está errado; parece que todos que estavam aqui por último saíram às pressas, derrubando mesas e estantes, sem se preocupar muito com o que havia sido deixado para trás, embora eu ainda esteja aqui, aparentemente sozinho; poderia jurar que vi alguém cruzando aquele corredor, mas não tem ninguém lá agora, a não ser eu, a escuridão e uivos de cães mortos e dissecados em um dos laboratórios do castelo. Meu lambião está ficando sem óleo, e não tenho como iluminar meu caminho a frente; preciso se rápido, mas minhas pernas não me obedecem...

A história do jogo é contada através de documentos como este

Em Amnesia: The Dark Descent você não sabe bem como você foi parar ali naquela situação, mas embora a resposta pode estar virando o corredor, você pensa infinitas vezes se é para lá mesmo que você quer ir. Esqueça Resident Evil ou qualquer outro jogo de terror que você tenha jogado, todos eles serão como passeios na Disney depois que você experimentar Amnesia mesmo que por 15 minutos (vai por mim, você não vai conseguir jogar mais do que isso por dia, ou por noite). Amnesia brinca com seus medos psicológicos, te deixando afogado em dúvidas e se perguntando que diabos você viu, ouviu, ou pensou ver e ouvir.

Corredor convidativo...

Você começa o jogo caído no chão de um castelo aparentemente abandonado, sem memória e com uma carta no bolso, provavelmente escrita por você mesmo. Durante o jogo, você vai colhendo documentos e outras cartas que vão esclarecendo as coisas para você, mas o seu desejo por exploração começa a ser negado quando vultos e gemidos começam a aparecer pelos corredores escuros do castelo. Não adianta tentar prever os sustos, eles sempre vão te pegar de surpresa, e mesmo quando o jogo não tenha nada para te assustar em um determinado momento, não se preocupe; o cenário do jogo e a história que os objetos tentam contar farão com que você nunca mais queira visitar esse castelo, mas no bom sentido: Amnesia é um dos melhores jogos de terror já feitos, e não foi por nenhuma empresa multimilionária e famosa, e sim pela desenvolvedora independente Frictional Games.

Seja lá o que foi que causou isso, vai me fazer bem não descobrir

Em Amnesia você não tem armas. Não pode se defender, sua única opção é fugir sempre, portanto não tente ser herói aqui. Essa talvez foi a maior ousadia da Frictional, porque se o jogo fosse um "Call of Duty com zumbis" pode ter certeza que você ia sentir muita coisa, menos medo. E a intenção aqui é fazer você ter medo até de virar a cabeça enquanto joga, e vai por mim, nem a sua janela você vai querer ver antes de ir dormir. No seu inventário você possui um lampião com uma quantidade bem limitada de óleo, que você vai encontrando durante a jornada. Você vai passar muito tempo rodando no escuro, então é bom economizar esse óleo, pois ele é meio raro de encontrar. Fora isso, você também encontrar umas caixinhas com estopa e pólvora, que eram usadas para ascender velas e tochas antes dos fósforos serem inventados (o jogo se passa no final dos anos 30).

Quem estava nessa cela com certeza precisava cortar as unhas

A jogabilidade do jogo lembra bem aqueles adventures do passado, em que você tinha que vasculhar o cenário em busca de como avançar, lotando seu inventário de muamba que a primeira vista não servirão para nada, mas que no decorrer do jogo acaba sendo crucial para abrir uma porta, ligar uma máquina a vapor ou fazer uma poção instável num laboratório de química. Ao contrário da maioria dos adventures, em Amnesia você pode morrer, ou até mesmo enlouquecer de vez. O jogo passa essa sensação de medo e loucura ao jogador por meio de efeitos na tela, que vão desde alucinações de insetos caminhando em seu rosto até pressão nos ouvidos, fazendo com que as caixas de som do seu PC emitam um zumbido agudo (quer uma dica? Jogue com fones de ouvido).

"Senhor... Não quero ser chato mas... Tem algo saindo da sua cabeça"

Nos cenários do jogo você testemunhará acontecimentos que desafiam tanto a lógica natural das coisas, que se você ficar olhando demais o protagonista vai começar a se sentir mal, portanto curiosidade não vai te ajudar muito aqui. Presenciou algum fenômeno sobrenatural? Não tenta entender, não... Corre... Desaparece... Procura um armário e se esconde dentro dele até a treta passar.

Se você olhar bem, verá que com certeza esse não é o melhor caminho

Ao todo, Amnesia: The Dark Descent te oferecerá algo em torno de 10 ou 12 horas de jogabilidade com muita cagança, e aproveite bem a primeira experiência, porque ela vai ser única. Com certeza um dos melhores jogos da minha coleção, é o terror psicológico que eu pedi a deus, que muito jogo promete oferecer, mas só o Amnesia conseguiu cumprir.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Review de Transformers: War For Cybertron

Quando Transformers: War For Cybertron foi anunciado pela primeira vez eu pensei: "Até que enfim um jogo dos Transformers em seu universo original", não que eu tenha algo contra os jogos dos filmes, na verdade eu até gostei bastante (por ser inspirado em filme e tal); mas não é sempre que fazem um jogo deles durante a lendária guerra em seu planeta natal.

Quem tá na mira de quem?!

O jogo começa com Cybertron já bem destruída, mas os robôs ainda nem pensam em deixar o planeta natal para vir para a Terra. A campanha single player é dividida em duas partes, a primeira sendo dos Decepticons e a segunda dos Autobots. No total o jogo deve ter algo em torno de 10-12 horas, mesmo se você não ter pressa de zerar e quiser explorar cada cantinho. No início de cada missão você tem 3 opções de Transformers para escolher, geralmente um de cada classe: médico, soldado e um tanker, geralmente o mais bombado dos três. Durante o tiroteio, todas as 3 classes pode usar todas as armas disponíveis, portanto não faz muita diferença qual você escolhe, a não ser é claro o veículo em que o dito cujo se transforma.

Banho de cachoeira é relaxante... A menos que você seja feito de metal.

Muita gente comparou esse Transformers com o Gears of War da Epic Games. Na verdade lembra um pouco, por se tratar de um jogo de tiro em terceira pessoa, mas dizer que um se parece com o outro anula todo o crédito de Transformers: war For Cybertron; neste, você tem profundidade na história, que é muito bem contada durante a aventura e com 5 minutos de jogo você já se sente dentro de Cybetron, realmente se importando com os robôs ao seu redor e curioso para saber o que vem depois. Transformers possui um carisma raro no gênero, realmente passando uma empolgação danada para o jogador. Os personagens são memoráveis, cada um com sua personalidade própria que realmente faz você curtir e acreditar na história.

Aponta esse troço pra lá!!

Infelizmente a maioria dos robôs que se transformam em veículos parecem usar o mesmo modelo físico, pois os veículos possuem exatamente a mesma dirigibilidade (com raras excessões). Como o jogo não se passa na Terra, os veículos tem que respeitar o estilo alien de Cybertron, e fazem isso com sucesso. Todos os carros possuem uma forma inicial em que eles literalmente flutuam próximo ao chão, com os pneus virados. Quando se aciona a tecla de boost os pneus voltam à posição normal e você pode dirigir o carro pelas estradas em ruinas de Cybertron. Aliás, esse é um ponto forte no jogo: sempre que você muda de robô para veículo, o cenário lhe oferece inúmeras oportunidades para se locomover. Acelerar pelos viadutos intermináveis de Cybertron no corpo de Optimus Prime realmente não tem preço, isso sem mencionar as cavernas imensas do interior do planeta em que você tem o prazer de explorar na pele do Starscream, em forma de jato. Nessa parte, prepare-se para girar a cabeça junto com o jato. E sem usar óculos estereoscópicos (eca).

O que você acha que tem atrás dessa porta?
Unicórnios, fadas ou mais Autobots?!

O pessoal da High Moon Studios teve realmente muita atenção na hora de desenvolver as partes transformáveis dos personagens. Mesmo quando se está na forma humanoide dos Transformers, você nota algumas partes no corpo do robô sempre se transformando e alterando, como se eles nunca estivessem em uma forma definida. Se aumentar um pouco o volume dá até para notar o barulhinho cibernético dessas partes enquanto elas se movem, o que acaba dando vida e mais personalidade ainda aos robôs.

Pelo visto os Cybertronianos tinham seus próprios robôs gigantes também...

As armas são as mais variadas possíveis; mesmo a popular shotgun recebeu um trato especial para ficar com uma cara mais futurista e ao estilo de Cybertron. Você só pode carregar duas delas ao mesmo tempo, como em praticamente todos os jogos de tiro atuais. Além dessas duas, você tem sempre uma arma de corpo a corpo que varia de acordo com o personagem (Optimus Prime por exemplo tem um machado, Megatron uma clava, por aí vai). Em forma de veículo geralmente você tem pelo menos uma arma disponível também. A munição fica espalhada pelo cenário em forma de caixotes, que costumam conter mais de um tipo de munição. é tranquilo, pode mandar bala a vontade que na pior das hipóteses, você terá que trocar de arma para aproveitar os outros tipos de munição.

Bumblebee, diga "X" para a screenshot

Cada robô também possui uma habilidade especial, desde drones que podem ser construídos para auxiliar na batalha, até campos de força e uma habilidade de flutuar em forma humanoide, com maior capacidade de absorção de estrago. Essas habilidades precisam de energia para serem usadas, mas essa energia pode ser encontrada fácil no cenário, com exceção de alguns robôs que regeneram essa energia sem precisar colher nada.

"Se esse review não ficar bom, ganha cocão."

O multiplayer de Transformers: War For Cybetron não tem nada de muito novo; Continua o tiroteio do single player, só que aqui você pode personalizar algumas características do seu avatar/robô, como cores e armas. É divertido, pois o fato de poder se transformar em veículo põe um valor tático extremamente diferente para um gênero já saturado. Infelizmente, não tem muita gente jogando mais, portanto você pode ficar muito tempo nos lobbies esperando alguém para jogar (juro que nunca vou entender esse povo, as pessoas preferem entupir os servidores desses shooters genéricos de guerra que pipocam por aí ao invés de dar vida para algo novo e diferente).
"Diz pra ele apontar esse raio para outro lugar?"

A campanha single player também pode ser concluída com até 2 amigos, em modo cooperativo. Infelizmente cai no mesmo problema que o multiplayer: falta de outros jogadores para dividir a campanha. Entretanto todas as fases do jogo ficam disponíveis depois que se completa, podendo ser repetidas a qualquer momento, sozinho ou com alguém.

Cansei de andar a pé, agora quero ser um carro

Atualmente Transformers: War For Cybertron está com um preço bem bacana no Steam, e se você quer saber se vale a pena, só digo isso: vale sim, e MUITO. Se você já for fã dos Transformers então, melhor ainda. Compra lá e bom divertimento, porque o segundo, Fall Of Cybertron, já foi lançado e dizem que é melhor ainda (em um futuro próximo vou poder comprovar isso também).