sábado, 3 de setembro de 2011

Review de Beat Hazard


Para inaugurar a seção de reviews do blog, vou começar com esse joguinho casual que eu tropecei enquanto fuçava nas promoções do Steam: Beat Hazard.

Beat Hazard, da Cold Beam games, é bem ao estilo Space Invaders, ou como muita gente  prefere chamar, "jogo de navinha", daqueles que qualquer Atari da vida tinha. Mas Beat Hazard vem com um diferencial: ele é alimentado pelas músicas que você escolhe para a trilha sonora.

Tá, e o que isso quer dizer? Quer dizer que quando você escolhe uma música para tocar dentro do jogo - que tem seu próprio explorer para isso - todos os efeitos visuais, quantidade de inimigos na tela, a forma que eles atacam e até o tipo de tiro da sua nave, vão variar conforme o ritmo da música. Exemplificando, ponha um metal pesado para tocar, e você irá perceber que os inimigos ficam mais agitados na tela; na hora do solo de guitarra, começa uma seção de explosões que vai te deixar louco. Tem bumbo duplo na música? Você vai ver o efeito que isso causa nos seus tiros, que aumentarão o poder como se você tivesse pegado um bônus.


Por outro lado, se você por uma música mais lenta, os tiros de sua nave parecerão mais um monte de arroz... Não terão efeito algum de destruição; até os inimigos virão para te atacar com mais preguiça. O legal dessa característica, é que você pode experimentar vários estilos, e curtir as várias probabilidades de gameplay que o jogo irá te oferecer.

Dentro do próprio jogo já vem uma seleção ótima de músicas eletrônicas, para quem curte uma rave de vez em quanto vai adorar jogar Beat Hazard ao som de um bom trance (só não vai meter doce e bala na guela antes de jogar, os efeitos do jogo quando se toca esse estilo de som já são psicodélicos o suficiente!).

Ok, quem foi o engraçadinho que batizou minha bebida?!
Antes de começar uma partida, você pode escolher o nível de psicodelia na tela, que varia de 50% a 200%; recomendo mandar descer logo os 200%, e jogar no escuro... Cara, seu quarto vai virar uma boate! Dentre os modos de dificuldade de Beat Hazard, o melhor é o Survival, onde você não escolhe uma música apenas, mas um CD inteiro para tocar; e sobreviver a um CD inteiro, principalmente se for um viking metal da vida, é rabo... Vai por mim, eu tentei!

Bônus de... Volume!!
Durante a Colônia de Férias do Steam - promoção que aconteceu no mês de julho deste ano - alguns bônus ficaram disponíveis na loja virtual, que incrementavam vários jogos de seu catálogo. Beat Hazard entrou na parada com uma navinha de ouro; tratei logo de resgatar a minha, e testar dentro do jogo. Golden Ship, como era chamado no Steam, substituía a sua simples e velha nave branca por uma pomposa nave de ouro, com efeitos de brilho que duram durante a partida toda.
Vai música, fica pesada infeliz...
E falando no Steam, Beat Hazard vem com uma grande penca de conquistas para se destravar enquanto joga - característica comum na maioria dos jogos da loja virtual.

Se você quiser se divertir com mais alguém, Beat Hazard ainda conta com um modo cooperativo local, que quer dizer que é só você plugar um joystick numa porta USB qualquer aí, e jogar num mesmo PC, com um amigo.
A música tema de Duke Nukem Forever é uma das que fazem
mais estrago
Infelizmente Beat Hazard não se zera, é casual até o osso mesmo. Cada partida dura apenas enquanto a música que você escolheu, durar. No Survival, dura enquanto o CD durar; não existe um progresso, o jogo não é zeravel.  Bom que ele fica ainda mais casual no modo Chill Out, onde você ganha vidas ilimitadas e pode jogar o dia inteiro numa mesma fase, se quiser.
Go go go Golden Ship!!
Em resumo, Beat Hazard é um ótimo jogo casual; lembra os anos "dourados" sentados na cama jogando Atari, durante horas seguidas, sem ir no banheiro, sem comer, beber, piscar; e seu valor baixo no Steam de apenas $9,99 - que eu paguei $2,50 na promoção - faz dele uma boa adição pro catálogo de qualquer jogador.

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